A análise a seguir refere-se ao relatório de setembro de 2025 do XP Malls FII (XPML11), com dados referentes a agosto de 2025, comparando-o com relatórios anteriores para identificar as principais novidades e tendências.
O fundo manteve a distribuição de rendimentos em R$ 0,92 por cota, um patamar estável nos últimos doze meses. No entanto, o resultado financeiro de agosto foi de R$ 52,7 milhões, uma queda em relação aos R$ 66,5 milhões de julho. Como consequência, as reservas acumuladas não distribuídas do fundo diminuíram, passando de R$ 0,58 por cota no mês anterior para R$ 0,45 por cota, indicando que o fundo utilizou parte de seus lucros retidos para complementar a distribuição e manter o valor do provento.
Nos indicadores operacionais, a gestão destacou o crescimento anual das vendas por metro quadrado, que atingiram R$ 1.597/m² em agosto, e do NOI Caixa por metro quadrado, de R$ 127/m². A taxa de vacância apresentou uma melhora, caindo de 4,3% em julho para 3,9% em agosto. Por outro lado, o indicador de inadimplência líquida registrou um aumento significativo, saltando de 0,7% no mês anterior para 2,8% em agosto, um ponto de atenção no desempenho operacional do período.
Um dos principais focos do relatório continua sendo a gestão das obrigações financeiras futuras. A gestora atualizou sua projeção de necessidade de caixa para o final de 2025, que agora é de aproximadamente R$ 420 milhões, um valor superior aos R$ 369 milhões estimados no relatório passado. Para lidar com essa obrigação, a principal estratégia é a venda de ativos. O relatório informa que as negociações com a gestora Riza para a alienação de participações em nove shoppings, anunciada em fato relevante no mês anterior, estão evoluindo e a gestão segue otimista com a conclusão da transação. As outras alternativas, como uma nova emissão de cotas ou a contratação de dívida, continuam sendo consideradas, mas a venda de ativos é apresentada como a solução mais provável para o curto prazo.