Em sua análise do mês de agosto de 2025, o fundo Fator Verità (VRTA11) demonstrou um movimento claro de redução de sua alavancagem. A gestão realizou a quitação antecipada de R$ 100,7 milhões em operações de compromissada reversa, uma mudança significativa em relação aos meses anteriores. Como resultado, o saldo devedor dessas operações caiu para R$ 67,4 milhões, uma forte redução frente aos R$ 137,4 milhões reportados em junho, indicando uma estratégia ativa para diminuir o endividamento do fundo.
Essa movimentação impactou diretamente o nível de caixa do fundo, que diminuiu de 8,6% do patrimônio líquido em julho para 2,1% em agosto. Além da quitação da alavancagem, a gestão continuou o gerenciamento ativo da carteira de CRIs. O fundo investiu mais R$ 9,2 milhões no CRI Epitácio, um ativo indexado ao CDI, aumentando sua posição. Em contrapartida, realizou vendas parciais dos CRIs Gafisa II e Patrimônio, e a venda total do CRI Residence Entreserras, reciclando parte do portfólio.
A distribuição de rendimentos foi mantida em R$ 0,85 por cota, estável nos últimos meses. Contudo, o resultado gerado no mês foi de R$ 0,76 por cota, o que levou o fundo a utilizar parte de suas reservas acumuladas para complementar o pagamento. A reserva por cota encerrou o mês em R$ 0,72, uma queda em relação aos R$ 0,81 registrados em julho. O resultado do mês foi impactado por uma despesa não recorrente de R$ 2,2 milhões, relacionada à quitação das compromissadas.
A gestão destaca que, apesar da maioria dos CRIs estarem adimplentes, a cota de mercado do fundo continuou a cair, fechando agosto em R$ 75,87. Esse movimento aumentou o desconto da cota em relação ao seu valor patrimonial, com o indicador P/VP atingindo 0,91, o menor patamar dos últimos meses. A gestora atribui essa desvalorização às expectativas de aumento na taxa de juros, que afeta o mercado de fundos imobiliários de forma geral. A carteira de CRIs do fundo segue predominantemente alocada em ativos indexados ao IPCA.