Em agosto de 2025, o fundo imobiliário Fator Verità (VRTA11) manteve a distribuição de rendimentos em R$ 0,85 por cota, um patamar estável desde dezembro de 2024. A principal novidade do mês foi uma significativa redução da alavancagem do fundo. A gestão realizou a quitação antecipada de R$ 100,7 milhões em operações compromissadas reversas, reduzindo o saldo devedor para R$ 67,4 milhões, o que corresponde a 5,1% do patrimônio líquido. Esta movimentação representa uma forte desalavancagem em comparação com julho, quando as compromissadas representavam 12,7% do PL.
Para viabilizar essa redução de dívida, o fundo realizou movimentações na carteira de CRIs e utilizou seu caixa. Foram vendidos R$ 8,7 milhões do CRI Gafisa II, R$ 1,7 milhão do CRI Patrimônio e R$ 5,8 milhões do CRI Residence Entreserras. Na ponta compradora, o fundo aumentou sua posição no CRI Epitácio, com a aquisição de mais R$ 9,2 milhões a uma taxa de CDI+4,00% a.a. Com essas operações, a posição de caixa do fundo diminuiu de 8,6% do PL em julho para 2,1% em agosto, totalizando R$ 28,0 milhões, que serão usados para pagar dividendos e novas alocações. A gestão informa que possui mais de R$ 50 milhões em ativos no pipeline para análise.
O resultado do fundo em agosto foi de R$ 0,76 por cota, inferior à distribuição de R$ 0,85. Para complementar o valor pago aos cotistas, o gestor utilizou R$ 0,09 por cota da reserva acumulada. Com isso, o saldo da reserva de resultados diminuiu, passando de R$ 0,81 por cota em julho para R$ 0,72 por cota ao final de agosto. Essa utilização de reservas para manter a estabilidade dos dividendos é uma prática comum e prevista pelo fundo, especialmente em meses com resultados menores que a distribuição.
A gestão destaca que, apesar da maioria dos CRIs da carteira estarem adimplentes, a cota de mercado do fundo continuou a cair, fechando o mês em R$ 75,87, ante R$ 77,23 em julho. Isso aumentou o desconto da cota em relação ao seu valor patrimonial, com o indicador P/VP atingindo 0,91. O gestor atribui essa desvalorização às expectativas de aumento da taxa de juros que afetam o mercado de FIIs como um todo, mas ressalta que a queda eleva o dividend yield para os investidores que compram a cota a preços atuais.