Com base nos relatórios gerenciais do FII TG Ativo Real (TGAR11), referentes aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2025, apresento um resumo comparativo e uma análise das principais informações:
**Visão Geral e Objetivo do Fundo**
O TGAR11 é um fundo imobiliário do tipo multiestratégia, com gestão ativa, que busca proporcionar aos cotistas a valorização e rentabilidade de suas cotas, investindo preponderantemente em ativos imobiliários e/ou ativos financeiros imobiliários. O fundo tem como público-alvo investidores em geral e prazo de duração indeterminado.
**Distribuição de Rendimentos**
O fundo distribuiu R$ 1,00 por cota em todos os meses analisados (janeiro, fevereiro, março e abril).
O Dividend Yield (DY) mensal apresentou uma leve variação, situando-se em:
1,23% em janeiro,
1,24% em fevereiro,
1,09% em março, e
1,11% em abril.
O DY anualizado também apresentou uma leve variação:
15,86% em janeiro,
15,91% em fevereiro,
13,88% em março, e
14,20% em abril.
O DY dos últimos 12 meses foi de:
13,89% em janeiro,
14,08% em fevereiro,
14,14% em março, e
14,20% em abril.
**Cota e Valor de Mercado**
Houve uma recuperação no valor da cota de mercado em março, após um período de declínio, mas houve uma nova leve queda em abril. A cota de mercado fechou em:
R$ 81,00 em janeiro,
R$ 80,80 em fevereiro,
R$ 90,80 em março, e
R$ 89,90 em abril.
O valor de mercado acompanhou essa tendência, fechando em:
R$ 1,91 bilhão em janeiro,
R$ 1,90 bilhão em fevereiro,
R$ 2,16 bilhões em março, e
R$ 2,12 bilhões em abril.
A cota patrimonial se manteve relativamente estável, em torno de R$ 114,00, fechando em:
R$ 114,42 em janeiro,
R$ 113,90 em fevereiro,
R$ 113,19 em março, e
R$ 112,82 em abril.
**Liquidez**
O número de cotistas apresentou uma leve redução ao longo dos meses:
163.931 em janeiro,
162.715 em fevereiro,
162.156 em março, e
157.894 em abril.
A liquidez média diária também variou:
R$ 6,10 milhões em janeiro,
R$ 5,55 milhões em fevereiro,
R$ 5,80 milhões em março, e
R$ 4,51 milhões em abril.
**Carteira de Crédito**
Houve movimentações na carteira de crédito, com aquisições e vendas de CRIs.
Em janeiro, houve aquisição de R$ 7,79 milhões e venda de R$ 20,02 milhões.
Em fevereiro, aquisição de R$ 14,94 milhões e venda de R$ 25,12 milhões.
Em março, aquisição de R$ 30,35 milhões e venda de R$ 68,81 milhões.
Em abril, aquisição de R$ 42,77 milhões e venda de R$ 20,83 milhões.
A taxa real média de juros da carteira de crédito se manteve relativamente estável em torno de 12% + IPCA.
**Carteira de Equity**
As vendas na carteira de equity apresentaram um bom desempenho, impulsionadas pelo lançamento do Valle dos Ipês em janeiro. Notavelmente:
Houve um número recorde de vendas de unidades do tipo urbanismo no mês de janeiro, atingindo um VGV de 206,86 milhões.
Em abril, as vendas dessa classe continuaram fortes, totalizando R$ 19,61 milhões de VGV vendido;
As vendas da Cipasa/Nova Colorado apresentaram bons resultados, com destaque para o empreendimento Luar de Itaberaba;
As vendas de incorporação verticais apresentaram bons resultados, com destaque para o empreendimento Línea em março.
A inadimplência acumulada da carteira de equity se manteve controlada, em torno de 4,50% a 4,90%.
**Estratégia e Alocação**
A estratégia do fundo permanece focada em investimentos em participações societárias (equity) em projetos de desenvolvimento residencial, com foco em regiões com dinâmicas de crescimento econômico ligadas ao agronegócio (Matopiba, Cinturão da Soja, Goiás, Triângulo Mineiro e interior paulista).
O fundo também aloca recursos em CRIs, shoppings, ativos de bolsa e imóveis para renda, como forma de diversificação e complemento de estratégia.
A alocação em "Carteira de Recebíveis – Equity Performado" é relevante, representando uma parcela significativa do patrimônio líquido do fundo.
**Considerações sobre o Cenário Macroeconômico**
O gestor demonstra preocupação com o cenário macroeconômico, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Nos EUA, as políticas protecionistas de Donald Trump e as decisões do Federal Reserve (FED) são acompanhadas de perto, buscando mitigar os riscos de alta na inflação e desaceleração da atividade econômica.
No Brasil, a aprovação da Reforma Tributária e as decisões do Banco Central em relação à taxa Selic são fatores importantes para o desempenho do fundo.
Em resumo, o FII TG Ativo Real (TGAR11) apresentou um bom desempenho operacional ao longo dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2025, com distribuição de rendimentos consistentes, controle da inadimplência e diversificação da carteira. Apesar de um cenário macroeconômico desafiador e de uma volatilidade no valor da cota no mercado secundário, o gestor mantém uma visão positiva em relação ao potencial do fundo e a sua capacidade de gerar valor para os cotistas no longo prazo. É importante comparar os resultados apresentados com outros fundos do mesmo segmento para verificar se o TGAR11 está performando acima ou abaixo da média do mercado.