A análise a seguir refere-se ao relatório de agosto de 2025 do fundo imobiliário Tellus Properties FII (TEPP11).
No mês de agosto, o fundo distribuiu R$ 0,74 por cota, uma redução em relação aos R$ 0,91 distribuídos em julho e R$ 1,10 em junho. Esta mudança no patamar de rendimentos já era esperada e vinha sendo sinalizada pela gestora nos gráficos de projeção dos relatórios anteriores. A projeção atual indica que este nível de R$ 0,74 por cota deve se manter pelos próximos seis meses, seguido por um aumento previsto a partir de março de 2026, relacionado ao recebimento de parcelas de vendas de imóveis. O fundo completou 23 meses consecutivos com vacância física zerada, mas a vacância financeira teve uma pequena queda, passando de 1,70% em julho para 1,55% em agosto.
Uma novidade relevante no portfólio foi a conclusão da renegociação de contrato no Edifício Passarelli. O contrato foi prorrogado até junho de 2030 com um reajuste de 25,56% no valor do aluguel, que passou para R$ 100,00/m². A gestora informa que haverá um recebimento retroativo referente a esta negociação, que impactará positivamente o resultado do próximo mês. Adicionalmente, o fundo continua com as melhorias em seus ativos, como a conclusão da instalação do sistema de reconhecimento facial no Ed. Torre Sul e os avanços no processo de retrofit do lobby do Ed. Fujitsu.
Do ponto de vista estratégico e de governança, o relatório de agosto trouxe novas decisões importantes. Foi aprovada em assembleia a aquisição de uma nova participação no imóvel FL 1355, transação que deve ser concluída em setembro. Além disso, o BTG Pactual foi contratado como novo formador de mercado para o fundo, uma medida que visa aumentar a liquidez das cotas. O fundo também oficializou sua nova classificação ANBIMA como "Multicategoria (Híbrido)".
A posição de caixa do TEPP11 diminuiu de R$ 23,3 milhões em julho para R$ 18,1 milhões em agosto. Apesar da redução, a gestora atualizou sua projeção de fluxo de caixa e agora estima que o fundo tem capacidade de cumprir suas obrigações financeiras até outubro de 2027 sem precisar de novas captações ou vendas de ativos, um prazo ligeiramente superior ao estimado no mês anterior. A gestora reitera que os edifícios Torre Sul e Passarelli estão em fase de maturação para potenciais vendas, mas que o cenário de juros elevados torna o processo mais lento.