O relatório do SNEL11, Suno Energias Limpas FII, referente a março de 2025, apresenta um resumo das atividades e resultados do fundo.
Em março de 2025, o fundo distribuiu R$ 0,10 por cota, resultando em um dividend yield anualizado de 14,74%. A cota patrimonial foi de R$ 8,10 e a cota de fechamento de mercado foi de R$ 8,68. O patrimônio líquido atingiu R$ 310.809.173 e o fundo contava com 27.730 cotistas.
Um dos destaques do mês foi o encerramento da 3ª emissão de cotas, captando R$ 166.177.945,35. Com os recursos da emissão, o fundo realizou a aquisição de uma usina fotovoltaica (UFV) de 2,5 MWac e 3,364 MWp localizada em São Paulo, com contrato de locação "Take or Pay" até dezembro de 2039 e TIR real estimada de 15%.
A UFV Mundo Melhor teve sua vistoria aprovada e recebeu os equipamentos da concessionária Equatorial, mas ainda não iniciou a operação devido a problemas na subestação da rede, com previsão de solução em 20 a 30 dias.
O retorno total do fundo em março foi de 0,8%, influenciado pela distribuição de rendimentos, enquanto a cota apresentou leve retração. O gestor destaca que as receitas foram impactadas positivamente por movimentações pontuais no caixa do fundo e vencimento de operações compromissadas. As despesas não recorrentes aumentaram devido ao pagamento dos serviços de auditoria contábil.
Houve uma melhora na performance da UFV Itabira após o início do retrofit. As UFVs São Bento Abade e Liberdade aguardam conexão à rede.
Comparado com o relatório de fevereiro de 2025, observa-se um aumento significativo no patrimônio líquido, impulsionado pela conclusão da 3ª emissão de cotas (R$ 207 milhões em fevereiro para R$ 310 milhões em março). Em fevereiro, o fundo havia registrado ganho patrimonial de R$ 16.702.054 devido à remarcação dos ativos San Remo, Petrolina e Amontada, o que não se repetiu em março. A distribuição por cota se manteve estável em R$ 0,10. O número de cotistas apresentou uma leve queda de fevereiro para março (30.482 para 27.730). Em fevereiro, o retorno total do fundo foi de 2,09%, superior ao de março (0,8%).
A estratégia do fundo permanece focada no desenvolvimento de projetos de energia limpa, principalmente usinas fotovoltaicas, e na locação desses ativos a consumidores. A aquisição da UFV em São Paulo demonstra a busca por projetos já operacionais com retornos atrativos. O gestor ressalta a importância do equilíbrio entre oferta e demanda, o que pode impactar positivamente os preços médios de locação.
No cenário macroeconômico, o gestor destaca as incertezas nas bolsas globais devido a tarifas comerciais e a política monetária nos EUA. No Brasil, a melhora na percepção sobre juros e inflação favoreceu o mercado doméstico.