O Itaú Asset Rural Fiagro (ticker RURA11) divulgou suas demonstrações financeiras referentes a 30 de junho de 2025, auditadas pela PricewaterhouseCoopers, que emitiu opinião sem ressalvas sobre a adequada apresentação das informações. O relatório destaca como principal ponto de atenção a mensuração e existência dos certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), que representam a maior parte da carteira do fundo. Esses ativos são avaliados a valor justo com base em modelos internos que utilizam premissas de mercado, e a auditoria testou a razoabilidade dessas premissas e a conformidade com as práticas contábeis.
O fundo encerrou o período com patrimônio líquido de R$ 1,639 bilhão, ante R$ 1,601 bilhão em 2024. A carteira é majoritariamente composta por ativos ligados ao agronegócio, especialmente CRAs, que somaram R$ 1,343 bilhão em valor justo, além de cotas de fundos de direitos creditórios (FIDC) e fundos de cadeias agroindustriais (FIAGRO). Em 2025, foi constituída uma provisão para devedores duvidosos de R$ 42,7 milhões sobre alguns CRAs, refletindo estimativas de perdas em operações com devedores em recuperação judicial.
No período, o fundo obteve lucro líquido de R$ 188,8 milhões, ante R$ 197,5 milhões em 2024, com distribuição de R$ 164,9 milhões aos cotistas. A rentabilidade por cota foi de 11,63% no acumulado do exercício. Os encargos totais somaram R$ 19 milhões, equivalentes a 1,17% do patrimônio líquido médio, sendo a taxa de administração de 1% ao ano. O valor patrimonial da cota chegou a R$ 10,24, enquanto a cotação de mercado encerrou em R$ 8,31, indicando variação entre valor patrimonial e preço de negociação.