Em agosto de 2025, o fundo Itaú Asset Rural Fiagro - Imobiliário (RURA11) manteve o dividendo em R$ 0,105 por cota, mesmo valor dos dois meses anteriores. Esse rendimento foi superior ao resultado contábil do mês, que foi de R$ 0,086 por cota. Para completar o pagamento, a gestão utilizou parte da reserva de lucro, que diminuiu de R$ 20,1 milhões em julho para R$ 17,1 milhões em agosto. Apesar da manutenção do valor, o gestor reafirmou o plano de realizar aumentos graduais dos dividendos ao longo do semestre.
A principal novidade do mês foi um aumento significativo na Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que atingiu R$ 6,0 milhões, contra R$ 0,5 milhão no mês anterior. Segundo o gestor, esse aumento foi motivado por uma revisão periódica do rating interno do devedor Portal Agro. Esse evento foi o principal fator para o resultado do mês ser inferior ao dividendo distribuído. O gestor também informou que precisou readequar o fluxo de pagamentos de dois outros devedores para compatibilizá-lo com o fluxo de caixa de curto prazo deles. O acompanhamento dos quatro casos de crédito problemáticos mais antigos (Consentini, José Lot, Portal Agro e Copagri) continua, sem novas decisões judiciais relevantes no período.
Na carteira, o fundo realizou uma nova alocação, investindo em cotas seniores de um Fiagro FIDC da empresa Biotrop, com a qual já possuía relacionamento. Com essa movimentação, o número de devedores na carteira subiu de 63 para 64. Por outro lado, a posição no FIAGRO Lavoro, que em julho representava um risco em acompanhamento, foi totalmente zerada no portfólio de agosto, indicando a resolução do investimento. A alocação total em crédito agro teve uma leve redução, passando de 98% para 96% do patrimônio líquido, e o spread médio da carteira caiu de CDI+3,8% para CDI+3,5% ao ano.