O relatório de setembro de 2025 do fundo Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) destaca a continuidade da estratégia de reciclagem de portfólio. O principal evento do mês foi a alienação de dois imóveis, Barra Funda em São Paulo e Nilo Peçanha no Rio de Janeiro, ambos locados à Caixa Econômica Federal. A venda totalizou R$ 13,5 milhões e gerou um lucro de R$ 5,3 milhões, equivalente a R$ 0,034 por cota. A gestão informa que o pagamento será parcelado, com 47% à vista. Essa movimentação, segundo o gestor, reduz a exposição do patrimônio ao setor bancário de 26,5% para 25,8%, reforçando a tese de diversificação.
Como contraponto, o fundo recebeu a formalização do distrato de locação de duas outras agências da Caixa: Mutinga em Osasco e Italianos em São Paulo. O gestor classifica o movimento como pontual e informa que o impacto negativo no resultado, de aproximadamente R$ 0,001 por cota, só deve ocorrer a partir de março de 2026, devido ao cumprimento de aviso prévio e multas. A taxa de vacância física permaneceu estável em 6,7% em comparação com agosto, indicando que o efeito dessas saídas ainda não foi mensurado no indicador.
O resultado do fundo em setembro foi de R$ 0,083 por cota, enquanto a distribuição se manteve em R$ 0,09 por cota, patamar que o gestor pretende linearizar ao longo do semestre. O relatório aponta que o resultado acumulado no semestre ainda está negativo em R$ 0,014 por cota, embora tenha apresentado uma melhora em relação ao acumulado negativo de agosto, que era de R$ 0,035 por cota. A gestão depende de resultados não recorrentes, como as vendas de imóveis, para equalizar a distribuição anunciada.
Outros pontos de destaque incluem o avanço da obra do imóvel BTS (built-to-suit) para a Portobello, que atingiu 73,6% de conclusão com um aporte adicional de R$ 2,5 milhões no período. Além disso, houve um aumento expressivo no número de cotistas, que saltou de 77.467 em agosto para 85.777 em setembro.