No relatório de agosto de 2025, a gestão do Fundo RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11) deu continuidade à sua estratégia de aumentar a exposição da carteira a ativos atrelados ao CDI. O principal movimento foi o investimento de R$ 38 milhões no CRI FGR III, com remuneração de CDI + 3,30% ao ano. Em contrapartida, houve uma venda parcial de R$ 14 milhões do CRI Creditas II Sênior, que era indexado ao IPCA.
Essa troca de ativos reforça uma tendência clara observada nos últimos meses. A parcela da carteira de CRIs indexada ao CDI, que era de 82% em maio, subiu para 87% em junho, 97% em julho e agora atinge quase 98% em agosto. Isso demonstra a execução consistente da visão do gestor de posicionar o fundo para o atual cenário de juros. Com as movimentações, a carteira passou a ter 42 operações, com a alocação na estratégia principal (Core) subindo de 80% para 83% do patrimônio líquido, enquanto o caixa diminuiu de 7% para 4%.
A distribuição de rendimentos em agosto foi de R$ 1,25 por cota, um aumento em relação aos R$ 1,15 distribuídos em julho e junho. É importante notar, no entanto, que esse valor foi complementado pelo uso de parte das reservas acumuladas. O saldo de reserva por cota caiu de R$ 0,36 no fechamento de julho para R$ 0,12 ao final de agosto.
Em relação à saúde do portfólio, o gestor informou que todas as 42 operações de crédito estão em dia com suas obrigações financeiras. O único evento de rating no mês foi a revisão do CRI Conx, que teve sua nota 'A' mantida. Isso representa um período de estabilidade após o relatório de julho ter apontado a redução do rating do CRI RKM. O LTV (Loan-to-Value) médio da carteira teve uma leve alta, passando de 59% para 61%.