No relatório de julho de 2025, a gestão do Fundo de Investimento Imobiliário RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11) deu forte continuidade à sua estratégia de aumentar a exposição da carteira a ativos atrelados ao CDI. O movimento mais significativo do mês foi a venda total de R$ 58 milhões em nove operações de CRI que eram indexadas à inflação. Em linha com essa estratégia, o fundo também repactuou a dívida do CRI MOS Jardins e Pinheiros, alterando seu indexador de IPCA+ 10,09% para CDI+ 4,95% ao ano. A alocação em CRIs atrelados ao CDI saltou de 87% em junho para 97% em julho.
Um ponto de atenção importante foi a revisão para baixo do rating do CRI RKM, que passou de A+ para A-. Representando 3,7% do patrimônio do fundo, a operação apresentou desafios de liquidez que levaram ao uso do fundo de reserva para garantir o pagamento da dívida. A gestora informou que intensificou o monitoramento e que o empreendimento deu sinais de liquidez com a venda de duas unidades, mas novas revisões podem ocorrer.
Outras movimentações na carteira incluíram um novo investimento de R$ 28,1 milhões no CRI Union III, atrelado a CDI+ 1,70% a.a. e com garantia em um empreendimento em região nobre de São Paulo, e o pré-pagamento total do CRI Patriani, no valor de R$ 12,5 milhões, encerrando o ciclo do investimento conforme o planejado. O número total de operações na carteira diminuiu de 49 para 41.
O dividendo distribuído foi de R$ 1,15 por cota, o mesmo valor do mês anterior. No entanto, o resultado do mês foi impulsionado por receitas não recorrentes de R$ 3,1 milhões, provavelmente oriundas das vendas de ativos. Isso permitiu que o fundo aumentasse sua reserva de resultado acumulado de R$ 0,13 para R$ 0,36 por cota. Por fim, a gestão comunicou que sua exposição à securitizadora Virgo é controlada, somando 3% do patrimônio, e que as operações relacionadas seguem em normalidade.