O Fundo de Investimento Imobiliário VBI Prime Properties (FII), com ticker PVBI, divulgou seu informe referente ao exercício findo em junho de 2025. O fundo é classificado como "tijolo" de renda, focado principalmente em escritórios de alto padrão em localizações premium, como a região da Faria Lima em São Paulo. No período, o fundo apresentou um dividend yield de 7,9% com base no preço de fechamento da cota no mercado secundário (R$ 76,18) ou 5,6% sobre o patrimônio líquido de R$ 107,88 por cota, evidenciando que a cota negocia com desconto em relação ao seu valor patrimonial.
A análise do administrador destaca que o cenário econômico atual, com juros elevados (Selic em 15% em junho/2025), impactou negativamente o fundo. O ambiente de alta dos juros reduziu o apetite por ativos de risco como FIIs e aumentou a vacância física, especialmente devido à migração de inquilinos do setor financeiro para regiões com aluguéis mais acessíveis. Isso resultou em uma pressão sobre a renda distribuível e na desvalorização da cota no mercado secundário. A carteira do fundo teve desempenho misto na avaliação a valor justo, com valorizações em ativos como Park Tower (23,66%) e Vila Olímpia Corporate (44,32%), mas também desvalorizações significativas, como no edifício Faria Lima 4440 (-49,47%).
Para o próximo exercício, a perspectiva é de melhora, baseada na expectativa de que o ciclo de alta de juros esteja próximo do fim, com possibilidade de cortes pela autoridade monetária seguindo o movimento internacional. Isso tende a aumentar a liquidez na economia, reduzir a atratividade da renda fixa e favorecer a reprecificação dos FIIs. Espera-se que a vacância diminua com a retomada da demanda por espaços corporativos, além de eventuais oportunidades de venda de ativos para realização de ganhos. O fundo não possui investimentos programados para o próximo exercício, mas mantém a possibilidade de aportes pontuais para conservação dos imóveis. A administração é realizada pela VBI Asset Management, e o administrador é o BTG Pactual.