A análise do relatório de setembro de 2025 do fundo Mauá Capital Real Estate (MCRE11), referente aos dados de agosto, indica um período de estabilidade nas alocações, mantendo a estratégia de distribuição de rendimentos.
O fundo distribuiu R$ 0,11 por cota, o mesmo valor dos meses anteriores, reforçando sua política de previsibilidade nos pagamentos. Para alcançar esse patamar, o fundo gerou um resultado de R$ 0,10 por cota e utilizou R$ 0,01 por cota de suas reservas acumuladas. Com isso, o saldo de reservas do fundo encerrou o mês em R$ 0,03 por cota, uma redução em relação aos R$ 0,04 do mês anterior. A geração de resultado foi impactada por um ganho de capital com CRIs menor do que o observado em julho, que havia sido excepcionalmente alto.
A principal novidade destacada pela gestão é a ausência de novas alocações ou movimentações relevantes na carteira durante o mês de agosto. Isso contrasta com o mês anterior (julho), quando o fundo realizou um novo investimento de R$ 31,3 milhões no CRI Pulverizados II e um aporte adicional de R$ 8,5 milhões no CRI MSB Axis. A carteira segue com 98% dos recursos alocados em ativos-alvo, indicando uma posição de caixa baixa. A gestão reiterou que 100% da carteira de CRIs permanece adimplente.
A composição do portfólio não apresentou alterações significativas, com a alocação por tipo de ativo permanecendo idêntica à do relatório passado. A taxa de carrego média da carteira teve uma leve redução, passando de IPCA + 10,1% para IPCA + 10,0% ao ano, calculada sobre a cota patrimonial. Não houve nenhuma mudança na vacância do imóvel CD Santa Cruz, que se manteve em 23%.
Observa-se uma tendência de leve queda em alguns indicadores. O valor patrimonial por cota caiu de R$ 10,09 para R$ 10,05. A liquidez média diária também diminuiu, passando de R$ 3,2 milhões em julho para R$ 2,7 milhões em agosto. O número de cotistas apresentou uma pequena redução, de 82,5 mil para 81,9 mil.
A gestão reafirmou o guidance de distribuição para o segundo semestre de 2025, que permanece entre R$ 0,10 e R$ 0,11 por cota, e sinalizou a expectativa de manter o pagamento no teto da banda, dependendo do comportamento da inflação.