A análise do relatório de setembro de 2025 do fundo imobiliário Kinea Unique HY CDI (KNUQ11) mostra um período de alocação gradual dos recursos captados na emissão de cotas encerrada no mês anterior, com movimentações pontuais na carteira.
O dividendo distribuído foi de R$ 1,25 por cota, uma redução em relação aos meses anteriores (R$ 1,40 em agosto e R$ 1,50 em julho). Essa mudança ocorreu apesar de o resultado gerado no mês ter sido superior à distribuição, em R$ 1,37 por cota. Ao contrário do mês anterior, quando o fundo utilizou suas reservas para complementar a distribuição, em setembro a gestão optou por reter parte do resultado, aumentando a reserva acumulada de R$ 0,26 para R$ 0,39 por cota.
Na carteira, as movimentações de setembro foram discretas, com R$ 7,4 milhões investidos em dois novos CRIs, o CRI Proj. Beach e o CRI Projeto Ori Praça da Árvore, com taxa média de CDI + 4,85%. Este movimento dá continuidade ao processo de alocação após a 4ª emissão de cotas, concluída em agosto, que levantou R$ 624,9 milhões e permitiu a quitação total da alavancagem que o fundo possuía.
A composição da carteira reflete este momento de alocação. A posição em caixa e instrumentos de alta liquidez, como LCI, permanece elevada, somando 28,2% do patrimônio líquido, patamar similar aos 27,8% de agosto. A alocação em CRIs se manteve estável em 71,8%. A gestora informa que segue trabalhando para alocar os recursos, e o relatório aponta um pipeline de investimentos futuros de R$ 587 milhões em CRIs, com uma taxa média indicativa de CDI + 4,33%, indicando que há operações em estudo para empregar o capital disponível.
A visão da gestão, expressa no relatório, continua a ser de que o patamar elevado da taxa Selic, mantida em 15,00% a.a. pelo Banco Central, deve impactar positivamente os rendimentos do fundo nos próximos meses. A gestora também reforça que a carteira de ativos permanece saudável.