A análise do relatório gerencial do Kinea Securities (KNSC11) de setembro de 2025, em comparação com os meses anteriores, revela algumas mudanças importantes na gestão e nos resultados do fundo.
A distribuição de rendimentos aumentou para R$ 0,10 por cota, superior aos R$ 0,09 distribuídos em agosto. O resultado gerado no mês também foi de R$ 0,10 por cota, indicando que o fundo distribuiu sua geração de caixa do período sem consumir sua reserva acumulada, que inclusive teve um leve aumento, passando de R$ 0,08 para R$ 0,09 por cota.
A principal novidade na estratégia do gestor foi uma redução significativa da alavancagem do fundo. A alocação em ativos-alvo caiu de 109,0% em agosto para 104,6% do patrimônio líquido em setembro. Como consequência direta, a posição de caixa aumentou de 1,5% para 4,9% do patrimônio. A análise detalhada da carteira mostra que essa movimentação está associada à venda do CRI Amarante, uma operação indexada ao CDI que representava 3,2% do portfólio no mês anterior, com um saldo de aproximadamente R$ 63,5 milhões.
A venda do CRI Amarante impactou a composição setorial, com a parcela "Outros" caindo de 8,9% para 5,8%. A exposição aos CRIs indexados ao CDI diminuiu de 45,9% para 42,3% do patrimônio, com uma leve redução na taxa média de CDI + 3,19% para CDI + 3,10% ao ano. Já a carteira de CRIs atrelada à inflação teve um pequeno aumento na sua taxa média para IPCA + 10,66% ao ano. Não houve registro de novas aquisições de ativos neste mês.
A gestão informou que os resultados da parcela atrelada à inflação foram impactados pelo IPCA mais baixo apurado em meses anteriores, enquanto a parcela pós-fixada se beneficiou da taxa Selic elevada. Um ponto importante destacado pela gestora é que a carteira de investimentos permanece saudável, sem nenhum evento negativo de crédito. O número de cotistas continuou sua trajetória de crescimento, superando a marca de 230 mil investidores.