A análise do relatório de agosto de 2025 do Fundo de Fundos de Investimento Imobiliário Kinea FII (KFOF11) revela como principal novidade o aumento na distribuição de rendimentos para R$ 0,80 por cota, um acréscimo de R$ 0,05 em relação aos R$ 0,75 distribuídos nos meses anteriores. A gestora informou que este é o novo patamar recorrente de rendimentos para o segundo semestre, confirmando a sinalização dada no relatório de julho. O fundo gerou um resultado de R$ 0,90 por cota em agosto, superior aos R$ 0,82 de julho. Esse valor mais alto foi impulsionado pelo recebimento não recorrente de dividendos semestrais de um fundo da carteira (Riza Viseu) e por ganho de capital em operações de venda. Como o valor distribuído foi inferior ao gerado, a reserva de resultados do fundo aumentou, passando de R$ 0,63 para R$ 0,73 por cota.
Em relação às movimentações na carteira, a gestão continuou ajustando sua posição no segmento de FIIs de CRI. Em agosto, foram realizadas vendas líquidas equivalentes a 1,24% do patrimônio líquido, com o objetivo de trocar ativos por outros com maior potencial de retorno. Esta movimentação é mais significativa que a venda de 0,35% feita no mesmo segmento em julho. Como resultado, a alocação em FIIs de CRI caiu de 32,0% para 30,5% do portfólio, enquanto a posição em caixa aumentou de 1,1% para 2,4%. Essas decisões estão alinhadas com a visão da gestora, que mantém uma postura de cautela e prefere manter um caixa maior para aproveitar possíveis oportunidades geradas pela volatilidade do mercado.
A performance da cota patrimonial em agosto foi positiva, com alta de 1,89%, superando o desempenho do IFIX, que avançou 1,16% no mesmo período. A cota de mercado também se valorizou (2,39%), o que fez o deságio em relação ao valor patrimonial diminuir de 10,22% em julho para 9,84% em agosto. A visão da gestora é de que o Banco Central deve iniciar um ciclo de corte de juros entre o final de 2025 e o início do próximo ano, devido à inflação controlada e à desaceleração da atividade econômica, mas aponta que o cenário político e eleitoral deve trazer volatilidade nos próximos meses.