A análise do relatório de setembro de 2025 do fundo Kinea Creditas FII (KCRE11) mostra um período de estabilidade na distribuição de rendimentos e alguns ajustes na carteira e em seus indicadores. O fundo distribuiu R$ 0,09 por cota, mesmo valor do mês anterior, correspondendo integralmente ao resultado gerado no período. Com isso, a reserva acumulada de resultados permaneceu inalterada em R$ 0,10 por cota.
Houve uma leve redução na alocação em ativos alvo, que passou de 103,1% do patrimônio líquido (PL) em agosto para 101,1% em setembro. Consequentemente, a posição de caixa aumentou de 3,9% para 6,0% do PL. A alavancagem por meio de operações compromissadas reversas manteve-se praticamente estável, em aproximadamente 7,1% do PL, um nível que a gestão considera adequado. Não foram destacadas novas aquisições de ativos no mês.
Uma novidade importante foi o aumento da taxa média da carteira de CRIs atrelados ao IPCA, que subiu de IPCA + 9,96% para IPCA + 10,12% ao ano na marcação a mercado. Esta melhora na remuneração dos ativos é um ponto de destaque. O patrimônio líquido do fundo apresentou uma pequena queda, passando de R$ 339,04 milhões para R$ 336,13 milhões, e a cota patrimonial recuou de R$ 9,42 para R$ 9,34.
A gestora reportou que a inadimplência acima de 90 dias nas carteiras de Home Equity, referente a agosto, teve um leve aumento, passando de 3,2% para 3,4%. Este é o segundo mês consecutivo de alta, embora a gestão considere o patamar controlado e dentro da normalidade, informando que eventuais perdas são absorvidas pelas cotas juniores dos CRIs, que não fazem parte da carteira do fundo.
O relatório também informou que o volume de pré-pagamentos dos créditos em agosto foi 1,84 vezes superior ao esperado. Apesar de ainda elevado, este número representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, que foi de 2,00 vezes o esperado. Esse fluxo de caixa acima do previsto contribui para o aumento da posição em caixa do fundo. A liquidez média diária também apresentou um aumento, subindo de R$ 353 mil em agosto para R$ 398 mil em setembro.