No relatório de setembro de 2025, o fundo Iridium Recebíveis Imobiliários FII (IRDM11) comunicou a aprovação da sua reorganização societária com o fundo IRIM11. Este é o evento de maior destaque do mês. Com a decisão, o IRDM11 será incorporado pelo IRIM11, e seus cotistas receberão cotas do IRIM11 e uma parcela em dinheiro. A gestora informou que, para a conclusão do processo, a negociação das cotas de ambos os fundos será suspensa na B3 por um período estimado entre 20 e 45 dias, ainda sem data definida.
A distribuição de rendimentos em setembro foi de R$ 0,76 por cota, um aumento em relação aos R$ 0,70 distribuídos em agosto, mas ainda abaixo dos R$ 0,78 de julho. A gestora explicou que o resultado foi negativamente impactado pela baixa correção monetária (IPCA), mas positivamente influenciado pelo pagamento em atraso do CRI Cyano, que incluiu as parcelas de agosto e setembro, aumentando a receita de juros. Excepcionalmente, a gestão distribuiu a totalidade do resultado gerado no mês, mantendo a reserva de resultados em aproximadamente R$ 0,70 por cota.
Houve uma movimentação relevante na carteira de ativos do fundo. O destaque foi a aquisição de R$ 100 milhões em cotas do FII EZTB11, um fundo monoativo dono de um edifício corporativo AAA em São Paulo. A gestora classificou a alocação como estratégica, visando ganho de capital. Essa compra elevou a exposição do IRDM11 a outros FIIs de 16,8% do patrimônio líquido em agosto para 20,1% em setembro. Adicionalmente, o fundo comprou R$ 7,9 milhões do CRI JFL 2 e R$ 2 milhões do CRI Portofino 2.
Uma mudança significativa na estrutura de capital foi a quitação integral das operações compromissadas reversas, que representavam uma alavancagem de R$ 34,3 milhões no mês anterior. Com isso, o fundo encerrou o mês de setembro sem alavancagem. O relatório também informou a amortização total dos CRIs Vitacon 3, OULG e Cashme. A seção de acompanhamento de operações problemáticas não apresentou novas inadimplências ou alterações relevantes no status dos casos já conhecidos.