O relatório é do FII Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11).
Em abril de 2025, o fundo distribuiu R$ 0,83 por cota, equivalente a 111,80% do CDI, já descontado o IR. O gestor reteve cerca de R$ 0,11 por cota, elevando a reserva técnica para R$ 0,65 por cota, visando mitigar riscos futuros. O desempenho do mês foi impulsionado pela correção monetária dos CRIs, impactada pela inflação de fevereiro (IPCA de 1,31%).
Houve integralização de R$ 3 milhões no CRI Portofino 2 no mercado primário e quitação de R$ 14 milhões em operações compromissadas reversas. O fundo está praticamente alocado, com menos de 2% do PL em caixa.
A carteira do fundo é composta principalmente por CRIs (80,58%), seguidos por FIIs (16,73%), caixa (1,39%), FIIs-RF (1,12%) e LCIs (0,18%). A maior parte da carteira está indexada ao IPCA (70,78%), seguido por ativos indexados ao CDI+ (5,97%), PRE (2,40%), CDI% (1,57%), IGP-M (1,51%), INPC (0,45%), INCC-DI (0,31%) e IGP-DI (0,27%). Os setores com maior representatividade são Geração de Energia (14,77%), Shopping Center (11,42%) e Loteamento (10,20%).
O relatório lista operações inadimplentes ou reestruturadas, incluindo Alta Vista, BR Distribuidora (Vibra), Ekko (Ekko 1 e Ekko 2), ForCasa, Gramado Parks (GPK Sen e Termas Resort), Inlote, Manara (Manara 1 & 2), Pesa e Starbucks (Starbucks 1 & 2).
Em comparação com março de 2025, houve um aumento no rendimento distribuído (de R$ 0,72 para R$ 0,83 por cota) e o gestor aumentou a política de retenção parcial do resultado distribuível. Em relação à carteira, houve um aumento marginal na alocação em CRIs e uma diminuição na alocação em caixa. A alavancagem diminuiu, refletida na quitação de operações compromissadas reversas. Além disso, houve a aquisição do CRI Pátio Malzoni em março, enquanto em abril, a alocação priorizaram ativos com maior previsibilidade de fluxo de caixa e garantias mais robustas, resultando em uma significativa redução do risco de crédito da carteira.
Comparando com fevereiro de 2025, o relatório de abril mostra um aumento no rendimento distribuído e uma diminuição na reserva de resultado. Houve uma diminuição na alavancagem e uma alteração na composição da carteira, com aumento na alocação em CRIs e diminuição na alocação em FIIs. Em fevereiro, foram adquiridos 5 novos CRIs, enquanto em abril ocorreu a integralização de R$ 3 milhões no CRI Portofino 2 no mercado primário
A gestão destaca que fundos de papel atrelados ao CDI devem continuar com bom desempenho no curto prazo, mas que a Selic restritiva abre espaço para cortes no médio prazo, favorecendo CRIs com maior duration e spreads atrativos. O gestor mantém o foco na reciclagem da carteira, priorizando ativos com maior previsibilidade e garantias robustas.