O relatório de julho de 2025 do HSLG11 (HSI Logística FII) apresenta algumas novidades e destaques em relação aos meses anteriores
Houve a conclusão do Termo de Aceitação da Obra do imóvel logístico HSI Log BTS Meli, em Araucária, com 92.630 m² de ABL, dos quais 56,18% são detidos pelo fundo, e contrato atípico de 10 anos. A entrega ocorreu em 25/07/2025, com carência de aluguel nos primeiros dois meses e desconto de 50% nos dois meses seguintes. A gestão conduziu integralmente o desenvolvimento do empreendimento em menos de 10 meses, com expectativa de yield on cost próximo a 11,5%. O aumento de 7,11% na cota patrimonial já considera esse galpão a custo, e a reavaliação por empresa especializada poderá gerar ganho no patrimônio líquido.
O contrato com o locatário Comercial Esperança, no HSI Log Dutra, teve reajuste de 7,01% pelo IGPM, elevando o valor do metro quadrado de R$ 23,40 para R$ 23,90 no galpão, e de R$ 25,20 para R$ 25,30 no portfólio.
O fundo manteve 100% de ocupação no portfólio, com valor médio de locação por m² competitivo. O valor de mercado por metro quadrado do portfólio foi de R$ 2.660,00, com cap rate implícito de 11,4%. A distribuição referente a julho foi de R$ 0,66 por cota, o que corresponde a um dividend yield de 9,8% ao ano. O guidance de distribuição foi atualizado, com limite inferior fixado em R$ 0,66 e superior em R$ 0,76 por cota.
Em relação ao cenário macroeconômico, a imposição de tarifa de 50% pelos EUA adicionou incerteza, mas a HSI espera redução parcial da medida. A gestora manteve as projeções de crescimento do PIB em 2,50%, inflação de 5,39% e início do ciclo de cortes da Selic apenas a partir de julho de 2026, com a taxa básica encerrando o próximo ano em 13,00% ao ano.
Em eventos subsequentes, o relatório destaca a conversão de debêntures e reestruturação de capital do Grupo Casas Bahia, com redução da dívida líquida em R$ 1,57 bilhão e economia anual de R$ 230 milhões em despesas financeiras. A gestora considera as medidas positivas por fortalecer a estrutura de capital da locatária.
O resultado operacional do mês foi de R$ 9.365.672 (R$ 0,74/cota), com resultado acumulado de R$ 1,05 por cota. A rentabilidade do HSLG11 foi de -1,7% em julho e 2,6% nos últimos 12 meses. A liquidez diária média foi de R$ 452.914, com 40.859 cotistas.
A carteira de locatários tem a Casas Bahia como principal, com 32,0% da receita contratada. O índice de alavancagem líquido do fundo é de 19,3%.
Comparando com o relatório de junho, o valor de mercado por cota diminuiu de R$ 82,56 para R$ 80,55, e o número de cotistas diminuiu ligeiramente de 41.176 para 40.859. A distribuição por cota aumentou de R$ 0,65 para R$ 0,66. O valor médio de locação do portfólio aumentou ligeiramente, de R$ 25,20 para R$ 25,30.
Em relação a maio, houve conclusão da obra do BTS Meli (antes 78,5% concluída) e um pré-pagamento de juros acumulados do CRI – BTS Meli (1) – IPCA no mês anterior. Em abril, houve renegociação de contratos com o Grupo Casas Bahia, e a obra do BTS Meli estava 61,0% concluída.