A análise do relatório de agosto de 2025 do fundo Habitat Recebíveis Pulverizados FII (HABT11) destaca importantes movimentações estratégicas realizadas pela gestão. O fundo manteve a distribuição de rendimentos em R$ 1,05 por cota, mesmo valor do mês anterior, mas abaixo dos R$ 1,15 distribuídos em junho e maio. O resultado gerado no mês, de R$ 1,13 por cota, foi suficiente para cobrir a distribuição com a geração de uma pequena reserva de resultado.
A principal novidade do mês foi uma relevante gestão ativa do portfólio. O fundo recebeu um pré-pagamento de aproximadamente R$ 54,5 milhões referente aos CRIs Parque dos Poderes, Montserrat, Sorriso e Por do Sol II. Segundo o gestor, essa movimentação foi negociada para consolidar os ativos em uma nova operação com o mesmo devedor, a Por do Sol Urbanizações, com o objetivo de aumentar o spread médio em cerca de 200 pontos-base. Os detalhes desta nova operação, com taxas mais atrativas, serão informados no próximo relatório.
Em paralelo, o fundo alocou R$ 37,6 milhões em três operações. Foram realizados investimentos adicionais nos CRIs GAV Gran Garden (IPCA + 11,00%) e Hot Beach You (IPCA + 13,75%), e uma nova alocação no CRI Varandas Park II, indexado ao CDI + 5,25%, marcando o início de uma parceria com a Construtora Realiza. Essas movimentações resultaram em um aumento temporário do caixa, que encerrou o mês em 9,2% do patrimônio líquido (cerca de R$ 71,1 milhões), acima dos 6,1% registrados em julho.
As mudanças na carteira também alteraram a composição por segmento e indexador. A exposição ao setor de multipropriedade aumentou de 49% para 56% do portfólio, enquanto o segmento de loteamentos reduziu sua participação de 33% para 26%. A alocação em CRIs indexados ao IPCA diminuiu de 80,5% para 77,2%, e a fatia atrelada ao CDI subiu de 2,1% para 3,35%, reflexo direto das novas aquisições e do pré-pagamento.
O gestor também informou sobre o status das obras de alguns projetos. O destaque foi o CRI GR Group – Barretos, que atingiu 99,59% de conclusão e já iniciou sua operação. A gestão reforça sua confiança na estratégia de alocação em ativos Core, majoritariamente indexados à inflação, e na gestão ativa de caixa para aproveitar novas oportunidades.