A análise do relatório de julho de 2025 do fundo Habitat Recebíveis Pulverizados FII (HABT11) aponta algumas novidades e eventos importantes. O destaque principal foi a redução na distribuição de rendimentos, que passou de R$ 1,15 por cota em junho para R$ 1,05 por cota em julho. O resultado líquido gerado no mês foi de R$ 1,04 por cota, valor que justifica a nova distribuição e indica uma normalização após meses em que o fundo distribuiu valores acima do resultado gerado, possivelmente utilizando seu caixa acumulado.
Um evento relevante destacado pela gestora foi um caso de inadimplência relacionado ao CRI Infinity, do grupo TMI. Segundo o relatório, o devedor não realizou o aporte de juros nem a recomposição do fundo de reserva da operação. A gestão informou que abriu negociações para resolver a situação e detalhou as garantias da operação, que incluem fiança, alienação fiduciária de imóveis e quotas, entre outras. A exposição do fundo a este CRI, somando as tranches sênior e subordinada, era de aproximadamente 7,7% do patrimônio líquido.
Em relação às movimentações na carteira, a gestora realizou a venda integral do CRI FGR Jardim Berlim, no valor de R$ 34,76 milhões. Em contrapartida, fez a aquisição de um novo lote do CRI Gran Paradiso, no montante de R$ 9,72 milhões, aumentando a exposição a esse ativo já existente no portfólio. Essas movimentações impactaram diretamente a alocação do fundo. A posição em caixa aumentou de forma significativa, passando de 1,71% do patrimônio em junho (R$ 13,1 milhões) para 6,06% em julho (R$ 46,1 milhões). Consequentemente, a alocação em CRIs diminuiu de 93,30% para 89,00% no mesmo período. A gestora mantém a confiança na sua estratégia de alocação, com foco em ativos indexados à inflação, e segue atenta ao gerenciamento de caixa e a novas oportunidades de investimento.