O relatório de junho de 2025 do CPTS11 demonstra um cenário misto com algumas mudanças importantes em relação aos meses anteriores, especialmente em relação à carteira de CRIs.
O fundo CPTS11 apresentou uma rentabilidade de mercado de 2,30% e patrimonial de 1,77% em junho, superando o IFIX (0,63%) e o IMA-B (1,30%). A cota de mercado fechou em R$ 7,47, com um desconto de 16,2% em relação à cota patrimonial de R$ 8,91. O resultado mensal foi de R$ 0,084/cota, enquanto a distribuição foi de R$ 0,088/cota.
Houve uma valorização dos ativos globais, com ações, títulos de dívida corporativa e fundos imobiliários globais apresentando alta. O gestor destaca que o desempenho dos ativos poderia ser melhor com um cenário de juros domésticos mais favorável.
A carteira de CRIs foi impactada pelo fechamento da curva de títulos públicos, resultando em uma diminuição na marcação a mercado de IPCA + 8,39% para IPCA + 8,32%. A carteira de FIIs apresentou uma rentabilidade de 0,76%, superando o IFIX.
Em junho, o CPTS11 comprou R$ 73,7 milhões em CRIs com taxa média de IPCA + 8,93% e spread de 1,09%. As compras estão concentradas em CRIs indexados ao IPCA. O fundo também vendeu R$ 75,2 milhões de CRIs com taxa média de IPCA + 7,95% e spread de -0,19%. O resultado da negociação foi um ganho de R$ 1,505 milhão. O perfil de crédito do fundo permanece high grade, com 100% de adimplência na carteira de CRIs. Houve uma diminuição no percentual de devedores listados nos CRIs de 90% para 88%.
A carteira de FIIs é composta por 78 fundos, representando 56,9% dos ativos totais, com 87,6% em fundos de tijolo e 12,4% em fundos de papel. O gestor aponta um potencial de valorização de 19,3% em relação à cota patrimonial e de 9,0% caso os FIIs fossem marcados à cota patrimonial, totalizando um potencial de valorização de 30,1% sobre a carteira de FIIs.
O relatório apresenta uma tabela de sensibilidade que indica o yield implícito para diferentes cotações do fundo. No fechamento de junho (R$ 7,47), o yield implícito é de IPCA + 11,78% a.a., líquido de taxas.
O guidance para os próximos dividendos projeta uma distribuição na faixa de R$ 0,085/cota (DY de 14,54% a.a.), com cenários otimistas (R$ 0,095/cota) e pessimistas (R$ 0,075/cota).
Há uma seção que detalha o resultado das operações dos FIIs Capitânia dentro do CPTS11, mostrando a TIR média de 18,0%, superando o IFIX, CDI e IMA-B.
A tabela do DRE demonstra as receitas, despesas e o resultado do fundo ao longo dos meses de 2025. O resultado acumulado no ano é de R$ 0,498/cota.
O relatório também apresenta o histórico de distribuição dos últimos 12 meses e desde o início do fundo, mostrando uma distribuição anualizada de CDI + 3,6%.
O volume negociado no mercado secundário foi de R$ 142,1 milhões em junho, com uma média diária de R$ 7,1 milhões. O número de cotistas aumentou para 357.039.
A alocação da carteira é de 56,9% em FIIs, 33,7% em CRIs, 6,1% em operações de carrego e 3,3% em liquidez. A carteira de CRIs está alocada principalmente em Shopping (39,2%) e Renda Urbana (31,5%). A carteira de FIIs está alocada em Lajes Corporativas (22,7%), Shoppings (23,4%) e Logística (20,2%).
As maiores posições em CRIs são FII General Shopping (6,7%) e FII V2 Prime Properties (6,3%). As maiores posições em FIIs são CPOF (6,3%), CPOP (5,6%) e CPLG (5,2%).
No final de junho, o CPTS possuía 19,2% do PL em compromissadas a um custo de CDI + 0,77%.
Em comparação com maio de 2025:
- Houve uma redução no número de CRIs na carteira de 23 para 17.
- O MTM IPCA+ diminuiu de 8,39% para 8,32%.
- A taxa líquida diminuiu de IPCA + 11,93% a.a. para IPCA + 11,78% a.a.
- O dividend yield aumentou de 15,08% para 15,09%.
- A rentabilidade a mercado melhorou de -2,04% para 2,30%.
- Houve uma compra definitiva de CRIs de R$ 73,7 milhões contra R$ 17.7MM do mês anterior.
- Houve a venda definitiva de CRIs de R$ 75,2 milhões enquanto em maio não houve vendas.
- A projeção dos dividendos ficou estável, em R$0,085/cota.
Em comparação com abril de 2025:
- Houve um aumento no número de FIIs na carteira de 73 para 78.
- O MTM IPCA+ diminuiu de 8,51% para 8,32%.
- A taxa líquida diminuiu de IPCA + 10,69% a.a. para IPCA + 11,78% a.a.
- O dividend yield aumentou de 14,22% para 15,09%.
- A rentabilidade a mercado diminuiu de 7,18% para 2,30%.
- Houve uma compra definitiva de CRIs de R$ 73,7 milhões contra R$ 31.2MM do mês anterior.
- Houve a venda definitiva de CRIs de R$ 75,2 milhões enquanto em abril as vendas foram de R$ 924 mil.
- A projeção dos dividendos aumentou de R$0,080/cota para R$0,085/cota.
Em resumo, o fundo CPTS11 em junho de 2025 apresentou um bom desempenho, apesar da redução da marcação a mercado dos CRIs. Houve recomposição da carteira de CRIs, com novas aquisições e vendas, e a carteira de FIIs segue como um importante componente do fundo. O guidance de dividendos permanece positivo.