O relatório de agosto de 2025 do Fundo Imobiliário BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11), referente à competência de julho, manteve a distribuição de rendimentos em R$ 0,100 por cota. O principal destaque do mês foi o resultado financeiro expressivo, que atingiu R$ 0,160 por cota, um valor consideravelmente superior aos R$ 0,094 registrados no mês anterior. Esse aumento foi impulsionado por uma receita de CRI de R$ 14,3 milhões, quase o dobro dos R$ 7,5 milhões de junho. Como a distribuição foi mantida, o resultado não distribuído acumulado do fundo teve um salto significativo, passando de R$ 0,112 para R$ 0,172 por cota, representando um fortalecimento relevante das reservas.
A gestão do fundo esteve ativa na reciclagem do portfólio. A principal novidade foi a aquisição de R$ 31,2 milhões em duas séries do CRI Souza Cruz, com uma taxa de IPCA + 9,73% e baixo risco de garantia, evidenciado por um Loan-to-Value (LTV) de 22%. Em contrapartida, o fundo realizou a venda total de R$ 31,1 milhões das posições nos CRIs Shoppings e Emergent Cold LatAm 2, ambos atrelados ao CDI. Essas movimentações refletem uma mudança na estratégia de alocação, aumentando a exposição do portfólio à inflação (IPCA), que subiu de 77% para 82%, enquanto a exposição ao CDI foi reduzida de 20% para 15%.
Além das vendas, o fundo recebeu R$ 19,2 milhões referentes a amortizações dos CRIs Nortis e Conx. Essas operações, combinadas, alteraram a concentração setorial da carteira. A exposição ao segmento logístico cresceu ligeiramente para 42%, enquanto o de shoppings diminuiu para 20%. A mudança mais notável, no entanto, foi a redução drástica da exposição ao segmento residencial na carteira de CRIs estruturais, que caiu de 15% para 4%, principalmente devido à amortização do CRI Conx. O patrimônio líquido do fundo apresentou uma pequena queda, de R$ 1,01 bilhão para R$ 999 milhões no período.