Com base no relatório de agosto de 2025 do fundo AF Invest CRI FII (AFHI11), observam-se algumas novidades e tendências importantes na gestão da carteira. A distribuição de rendimentos se manteve em R$ 1,01 por cota, o mesmo valor do mês anterior. No entanto, em agosto, o valor distribuído foi exatamente igual ao resultado gerado no mês, sem a necessidade de utilizar a reserva de resultados, que permaneceu estável em R$ 0,41 por cota. Nos meses anteriores, o fundo vinha distribuindo valores ligeiramente acima do resultado gerado.
A gestão continuou a demonstrar um manejo ativo da carteira, realizando quatro movimentações no período. Foram realizadas três compras no mercado secundário: um aumento de exposição no CRI 3Z Realty a uma taxa mais atrativa (IPCA + 10,00%), a aquisição do CRI MRV (CDI + 3,00%) para capturar o carrego da alta da Selic, e uma pequena compra do CRI GPA a uma taxa elevada de IPCA + 12,03%. Além disso, foi realizada a venda parcial do CRI Brookfield com ganho de capital, uma estratégia que a gestão também utilizou em meses anteriores.
A posição de caixa do fundo aumentou consideravelmente, passando de 4,96% em julho para 6,76% do patrimônio líquido em agosto. A gestora justifica este aumento devido a amortizações extraordinárias em algumas operações da carteira, um mecanismo conhecido como "cash sweep". A gestão vê este caixa elevado como uma posição estratégica, pois permite aproveitar oportunidades no mercado secundário sem prejudicar a receita do fundo, dado o atual patamar da taxa Selic.
Como uma novidade importante, a gestora comunicou que está em fase final de estruturação de uma nova operação de CRI no valor de R$ 21,5 milhões, remunerada a CDI + 2,00% a.a., com liquidação prevista para a primeira semana de outubro. Esta é uma sinalização clara de como parte do caixa será alocado em breve. Por outro lado, o número de cotistas continuou a apresentar uma leve tendência de queda, passando de 38.876 em julho para 38.309 em agosto, movimento que já vinha sendo observado nos relatórios anteriores. O tema sobre a securitizadora Virgo, destaque no relatório passado, não foi mais mencionado, indicando que a questão foi endereçada pela gestão nos seus desdobramentos anteriores.