No relatório de julho de 2025, o fundo imobiliário AF Invest CRI (AFHI11) trouxe como principal novidade o "Caso Virgo". A gestora informou que, após uma denúncia contra a securitizadora Virgo, identificou proativamente uma movimentação irregular de recursos no patrimônio separado do CRI Oba Hortifruti. A gestão agiu rapidamente e conseguiu o resgate dos valores antes de maiores problemas, informando que os CRIs Copagril e Direcional, também da Virgo, tiveram a mesma questão, que já foi regularizada. Como consequência, a gestora suspendeu temporariamente novas operações com a securitizadora e está revisando os documentos dos ativos existentes. Foi destacado que todas as operações da carteira seguem adimplentes.
A distribuição de rendimentos foi de R$1,01 por cota, um valor ligeiramente superior ao resultado gerado no mês, que foi de R$0,98 por cota, utilizando uma pequena parte da reserva acumulada, que agora totaliza R$0,41 por cota. A gestora justifica a manutenção de uma reserva robusta como estratégia para manter a linearidade dos dividendos, especialmente diante da projeção de deflação do IPCA para agosto.
Ocorreu uma queda significativa na cota patrimonial, que passou de R$94,76 em junho para R$93,85 em julho, devido à marcação a mercado dos CRIs. O número de cotistas também continuou a tendência de queda, passando de 39.578 para 38.876, e a liquidez média diária recuou. Nas movimentações, o fundo comprou R$2,7 milhões do CRI RNI, atrelado ao CDI, e vendeu parte do CRI Brookfield, indexado ao IPCA, para realizar ganho de capital. A alocação da carteira de CRIs ficou em 70,7% em IPCA e 22,5% em CDI, uma pequena variação em relação aos 71,4% em IPCA e 23,4% em CDI do mês anterior.